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Existe Intolerância, preconceito e autoritarismo na Direita Brasileira?



Graças a corrupção do Partido dos Trabalhadores(PT) ocorreu uma aceleração no processo de surgimento da Direita brasileira no país, contudo como todo movimento novo suas inexperiências e equívocos acaba em um processo de autodestruição entre ela própria pela falta de norteamento de ideias e conceitos desconhecidos pela falta de intelectuais capacitados que buscam diagnosticar determinado fenômeno social com as bases filosóficas, sociológicas e afins da Direita.


O movimento de Contrario a corrente esquerdista surgia a partir de 2013, mas teve com seu auge em meados de 2015 para 2016, cujas ações nesse período foram responsáveis pelo Impeachment da Ex-presidente Dilma Rousseft¹. Sem sombra de duvida foi visto como uma vitória por todos que participaram desse movimento que buscava reaver a dignidade institucional contra o esquema de corrupção avassalador que diversos setores públicos aviam sofrido por conta da administração falha e corrupta de governos de esquerda. A buscar por justiça e a ansiedade de vários setores da sociedade que queriam justiça acabaram que canalizou em um movimento que eliminava a Dilma Rousseff do cargo da presidência da república, contudo não trabalhava o problema em si que era um sistema politico todo corrupto e contrario as vontades da população brasileira.


A ex-presidente foi um instrumento para retirar a atenção da população inconformada com a situação política, e saciar a vontade de justiça que foi projetada no impeachment e preservar assim o Partido dos Trabalhadores da constante queima de reputação que ocorria dia após dia com ele, para se ter ideia da magnitude da imagem destruída que o PT se encontrava foi feita uma pesquisa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE,2015)² que informava uma taxa de aprovação de apenas 8% para o governo de Dilma Rousseff contendo a maior reprovação da história. No fim a Dilma Rousseff caiu e as manifestações diluíram com a cabeça da ex-presidente entrega aos manifestantes e todos foram para casa achando que o Brasil se tornaria um país melhor, só que todos estavam errados.


A Esquerda continuava no poder mesmo com a saída do PT do governo, a esquerda ainda tem forte influência na sociedade por conta do domínio Hegemônico Esquerdista nas universidades³ sobretudo nas ciências humanas. A esquerda perdia no governo, porém se tornava forte na narrativa de que o processo de impeachment era Golpe com várias produções acadêmicas: artigos, livros, Trabalhos de Conclusão de Curso, dissertações e Teses de doutorado, cuja finalidade era de analisar o período contrario aos mandamentos da esquerda como fruto de obras de fascistas e neoliberais e de grandes Capitalistas que partilhavam de uma obra conspiratória apoiada pela imprensa, para titulo de exemplificação temos uma Tese de Doutorado, no qual tomou relevância em 2016 por conta do déficit da previdência, na época se cogitava uma reforma muitos liberais se engajaram na causa porém ela só seria abraçada de fato em 2019 pelo governo Bolsonaro, a tese defendia que a crise da previdência social no Brasil é uma farsa(GENTIL, 2006); há também livros que narram que ocorreu um Golpe em 2016 como o livro “Historiadores pela democracia: o golpe de 2016 e a força do passado”(MATTOS; BESSONE; MAMIGONIAN, 2016), ambas produções trazem uma discussão que não é alvo no momento e iremos aborda-las em outros artigos.


Aos Direitistas que se deparavam com esses argumentos e vários outros não tinham meios teóricos para rebate-los e devido a essa ausência de repertorio muitos acabavam criando um autoritarismo e intolerância e preconceito com certas obras por fazerem alusões a teóricos de esquerda ou por serem muito faladas nos grupos de esquerda, muitas das vezes não sabiam do que se tratava a obra, entretanto o fato de ela ser citada com frequência no meio esquerdista já era motivo para exclusão e atitudes ignorantes.


Outro acontecimento que vale apena trazer são os episódios que eram muitos frequentes até antes de 2019 de pessoas louvando o regime militar como salvador para o Brasil, “por ter impedido dele não ter se tornado um país comunista”, quem bem defende essa narrativa é o então presidente da republica Jair Messias Bolsonaro, uma visão equivoca desse período que é claramente explicada no documentário do o Instituto Brasil Paralelo - 1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)- a esse grupo de pessoas que defendem essa narrativa o fazem em parte porque quem contava sobre esse período com mais frequência eram os professores de história que se utilizavam de uma narrativa histórica que omitiam diversos acontecimentos durante a época do regime militar aprendida nas universidades, como meio de revolta a pessoa se agarra a um passado romantizado de perfeição no qual existia desenvolvimento, liberdade, respeito, ordem a todos que não ameaçam a paz social, isso é uma claro índice de reacionarismo. Segundo João Pereira Coutinho em seu livro “Ideias conservadoras explicadas a reacionários e revolucionários”, Coutinho explica que reacionário é aquele que romantiza o passado e inste em trazer esse tempo imaginário da sua cabeça de volta ao presente atropelando conquistas do presente e do próprio passado sobrevivida ao teste do tempo para ter esse ideal imaginado.


Tal visão equivoca pode ser corrigida com a instrução de outras narrativas históricas que não contemplem uma só visão ideológica, então desta forma vemos que a pluralidade de ideias é de extrema importância para combater a intolerância, preconceito e o autoritarismo vindo de uma pessoa que construiu essas atitudes como forma de defesa ao preenchimento massivo de uma única e predominante narrativa ideológica.


Atualmente a pluralidade de ideias se dá por meio da internet e suas pesquisas por meio de vídeos, posts de blogs e jornais Digitais que surgem com outras visões ideológicas diferente da esquerdista que é propagada pela grande Imprensa. A de afirmamos também o meio facilitado de compra de livros pela internet agora com mais variedade e a cada dia torna reconhecido mais e mais diferentes autores que até poucos anos eram totais desconhecidos e se conhecidos muitos deles eram estrangeiros e tinham suas obras em uma outra língua, contudo ouve uma expansão considerável de editoras brasileiras que traduziram essa obras tornando-as acessíveis a sociedade. Temos que pontuar que no ambiente acadêmico não há esse ambiente plural de ideias, sendo assim a internet proporciona um espaço de encontros de informação que deveria ser obrigação das universidades.


Ademais, por mais que o ambiente social esteja mais arejado por haver obras, mídias digitais em crescente desenvolvimento, não há de se negar que ainda possuímos dificuldades em delinear o caminho que a Direita tem em seguir, muitas das vezes por essa falta de orientação intelectual acabam que se autodestroem dando munição a esquerda para poder ataca-la, como foi o caso do Presidente Jair Messias Bolsonaro em 2016, na época Deputado Federal, em seu discurso na câmera do Deputados no dia da votação do processo de impeachment homenageando O coronel Carlos Alberto brilhante Ustra(GUTA,2016), gerando um espaço para esquerda chamar a direita de torturadores, fascistas, nazistas.


Portanto, vemos que para poder resolver a situação da Direita brasileira que parece as vezes um bando de baratas tontas é a criação de um grupo de intelectuais que possam diagnosticar acontecimentos sociais com a narrativa diferente da apresentada pela esquerda que até o momento domina o espaço cultural e ainda possui influencia no espaço público cujo ambiente possui muitas pessoas sedentas por outra forma de doutrina, mas são facilmente manipuladas pela falta de conhecimento.

Referências


1. ZAMBELLI, CARLA. NÃO FOI GOLPE - OS BASTIDORES DA LUTA NAS RUAS PELO IMPEACHMENT DE DILMA. São Paulo:LVM Editora 1º edição.2018.

2. MATOSO, Felipe. Governo Dilma tem aprovação de 9% e reprovação de 70%, diz Ibope.G1 notícias, 2015. Disponível em<http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/12/governo-dilma-tem-aprovacao-de-9-e-reprovacao-de-70-diz-ibope.html>.Acessado em: 03 de agosto, 2019.

3. DE ARRUDA CASTRO, Gabriel; BASSO, Murilo. "A desproporção entre esquerda e direita no acervo das universidades públicas ". Gazeta do Povo, 2017. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-desproporcao-entre-esquerda-e-direita-no-acervo-das-universidades-publicas-8v6lu5iximxewnrxfbz3qphn7/. Acessado em: 03 de agosto, 2019.

4. GENTIL. Denise Lobato. A Política Fiscal e a Falsa Crise da Seguridade Social, Brasileira – Análise financeira do período 1990–2005. Tese (Doutorado em economia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 2006. Disponível em: < http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/teses/2006/a_politica_fiscal_e_a_falsa_crise_da_seguraridade_social_brasileira_analise_financeira_do_periodo_1990_2005.pdf>. Acesso em: 03 de agosto, 2019.

5. MATTOS, Hebe; BESSONE, Tânia; MAMIGONIAN, Beatriz G. Historiadores pela democracia: o golpe de 2016 e a força do passado. Alameda Casa Editorial, 2016.

6. Brasil Paralelo. 1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO). 2019.(02h07mim27s). Disponível em< https://youtu.be/yTenWQHRPIg>. Acesso em: 03 de agosto, 2019.

7. COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras: explicadas a revolucionários e reacionários. Três Estrelas, 2014.

8. GUTO. Voto do Jair Bolsonaro a favor do impeachment. 2016.(0:56s). Disponível em:< https://youtu.be/54KUDU-u1P0>. Acessado em: 03 de agosto,2019.


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